Planejar é estudar, organizar,
coordenar, ações a serem tomadas para a realização de uma atividade visando
solucionar um problema ou alcançar um objetivo. Na educação o planejamento
envolve a integração do professor-aluno com as relações sociais - econômicas,
políticas, culturais – bem como os elementos escolares – objetivo, conteúdo,
métodos, como a função de explicitar princípios e execução das atividades
escolares e possibilitar as ações do professor na realização de um ensino de
qualidade, evitando a monotonia e a rotina e o desinteresse do processo
ensino-aprendizagem, assim como proporciona aos alunos conhecer a realidade
social através dos conteúdos programados e planejados. Dessa forma o
planejamento é um guia de orientação que auxilia na concretização daquilo que
se almeja. O planejamento se torna necessário ao educador a medida que esse se
preocupa em ter qualidade no que faz. Sendo assim suas ações atuam não somente
em seus alunos, mais também em si mesmo e acabam por afetar o a sociedade. Se o
papel do professor é o de provocar desequilíbrio, mudança, também nessa ação, o
planejamento se torna um passo principal, possibilitando caminhos ao
conhecimento, as mudanças e a transformação, que são os objetivos da educação.
Portanto o planejamento tem para a práxis do professor a finalidade de dar
direcionamento as ações as ações pré-determinadas; a finalidade de auxiliar
quanto a dificuldades e eventualidades de forma a agir tanto no próprio
professor, quanto no aluno provocando o aprendizado e viabilizando o processo
de ensino. O planejamento então deve estar de acordo com o nível dos educandos,
relacionando os conteúdos, os conhecimentos próprios e a realidade de forma a
criar novos conhecimentos que auxiliem na vida cotidiana do educando.
O plano de aula é uma ferramenta muito importante para o professor. Por meio dele, o educador pode fazer a previsão dos conteúdos que serão dados, as atividades que serão desenvolvidas, os objetivos que pretende alcançar, e as formas de avaliação.
O plano de aula é uma ferramenta muito importante para o professor. Por meio dele, o educador pode fazer a previsão dos conteúdos que serão dados, as atividades que serão desenvolvidas, os objetivos que pretende alcançar, e as formas de avaliação.
Para
falar sobre este tema, o Jornal do Professor entrevistou a doutora em Educação,
Marlene Grillo, professora titular do Programa de Pós-Graduação em Educação da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e assessora
pedagógica da Pró-Reitoria de Graduação da mesma instituição.
- O que é e para que serve o plano de
aula?
-
Falar sobre plano de aula, mesmo que se pretenda ser breve, encaminha a um
referencial teórico que reúne dimensões filosóficas, psicológicas e sociais com
repercussões diretas no que, para que e como ensinar.
A
experiência cotidiana mostra que a concepção de planejamento tem passado por
várias modificações: entendido como instrumento obrigatório, definitivo e
inflexível, passando pela dispensabilidade, até chegar quase a sua rejeição. Trata-se,
nesse caso, menos de uma questão técnica e mais de uma questão
filosófico-pedagógica.
Um
plano de aula tem sempre sua origem num projeto pedagógico institucional que
dinamiza as direções do ensino, detalhadas num plano de curso e de unidade. É
uma previsão de atividades vinculadas a um plano de ensino mais amplo
desenvolvidas em etapas seqüenciais, em consonância com objetivos e conteúdos
previstos. Serve para organizar a intenção do professor e o modo de
operacionalizá-la. Expressa, ainda, as opções desse professor diante de seu
contexto de trabalho, que implica pensar simultaneamente o conteúdo e os
sujeitos com os quais interage.
Todo
plano de aula, além de ser um guia, traz implícitas questões pessoais do
professor comprometido com sua tarefa e com seus alunos: por que faço o que
faço ao ensinar? o que é uma aula: espaço de parceria ou de resistência? como
mobilizar o aluno para aprender? como verificar se o aluno aprendeu?
- Qual sua importância?
- O
plano possibilita ao professor, na medida do possível e do desejável, manter a
articulação da disciplina como um todo pela relação com o plano de ensino e
ainda realizar uma auto-avaliação da aula ou uma avaliação cooperativa para
orientar decisões futuras. Aspectos a serem mantidos ou a reformular poderão
ser identificados com mais segurança. Cabe destacar que o plano de aula não
implica obrigatoriamente seu cumprimento rígido. O cenário da aula exige
permanente atitude reflexiva do professor para recriar e redirecionar ações
sempre que novos interesses e necessidades imprevistas surgirem, o que não
significa despreparo docente, mas competência para “agir na urgência e decidir
na incerteza”, como ensina Perrenoud. Entretanto, um afastamento contínuo do
plano necessita ser revisado.
O
plano, como resultado do processo de planejamento, permite ao professor
distanciar-se de sua prática, sistematizá-la e tornar mais conscientes as
opções para a organização da aula. O plano documenta a experiência em suas
intenções iniciais e permite o retorno a ela após o vivido para sua avaliação.
- O que deve ser levado em
consideração na elaboração de um plano?
- Um
plano, para ser efetivo, deve apresentar, de forma precisa e orgânica, o
objetivo da aula, o conteúdo a ser desenvolvido, as atividades e a avaliação. É
preciso entender que avaliar não é sinônimo de prova nem de grau. É
diagnosticar se a aprendizagem ocorreu ou não e explicitar ações para
continuidade ou reorientação do processo de ensino.
- Modelo para construção de um plano
de aula
-
Mais do que saber elaborar um plano, é necessário acreditar que ele é o
instrumento pessoal e intransferível de trabalho do professor, e expressa as
concepções teóricas que sustentam suas atividades docentes. Importante não é
estabelecer um roteiro / modelo padrão de plano, mas o registro dos aspectos
que orientam o professor para estruturar a prática. O estabelecimento de
modelos pode burocratizar o planejamento e restringir as possibilidades de
auto-organização do professor na elaboração do plano.
Quando se é criança, a curiosidade é a mola mestra para que o
indivíduo sinta vontade de aprender a ler. Quando este mesmo indivíduo cresce
sem ter a chance de ser alfabetizado, precisar que alguém leia algo para ela
pode, muitas vezes, se tornar constrangedor e acabar por lhe fechar inúmeras
portas. Isso demonstra como é preciso tratar com bastante carinho a
alfabetização de adultos.
No processo, é papel do alfabetizador utilizar a metodologia da Língua Portuguesa, orientando o aluno quanto ao uso da escrita e da leitura de modo interpretativo. Dessa forma, o alfabetizando poderá, não só ler e escrever, mas compreender o que foi lido e saber fazer uso da palavra. Isso se chama “letramento”.
Ler, compreender o conteúdo, interpretar e saber discutir o assunto são características de um aluno letrado. O educador e o aluno encontram-se num processo interdisciplinar, em que o alfabetizando entende que aquilo que aprende nas aulas de Língua Portuguesa pode e deve ser usado em outras disciplinas. Exatamente por causa da falta de integração das disciplinas, é comum ouvir os alunos afirmarem que gostam mais de uma ou outra matéria. Em geral, as matérias preferidas são aquelas em que se tira as melhores notas.
O papel do professor é tentar identificar se este “não gostar” está ou não relacionado à falta de compreensão do conteúdo. Mas é preciso que não se esqueça de respeitar as individualidades de cada um. O incentivo é uma das armas mais eficazes neste sentido, pois é o combustível da vontade de aprender.
No processo, é papel do alfabetizador utilizar a metodologia da Língua Portuguesa, orientando o aluno quanto ao uso da escrita e da leitura de modo interpretativo. Dessa forma, o alfabetizando poderá, não só ler e escrever, mas compreender o que foi lido e saber fazer uso da palavra. Isso se chama “letramento”.
Ler, compreender o conteúdo, interpretar e saber discutir o assunto são características de um aluno letrado. O educador e o aluno encontram-se num processo interdisciplinar, em que o alfabetizando entende que aquilo que aprende nas aulas de Língua Portuguesa pode e deve ser usado em outras disciplinas. Exatamente por causa da falta de integração das disciplinas, é comum ouvir os alunos afirmarem que gostam mais de uma ou outra matéria. Em geral, as matérias preferidas são aquelas em que se tira as melhores notas.
O papel do professor é tentar identificar se este “não gostar” está ou não relacionado à falta de compreensão do conteúdo. Mas é preciso que não se esqueça de respeitar as individualidades de cada um. O incentivo é uma das armas mais eficazes neste sentido, pois é o combustível da vontade de aprender.
Como fazer um roteiro de aula:
Objetivos:
Conteúdos:
Procedimentos
metodológicos:
Recursos
didáticos:
Avaliação:
Referências:
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